"Aqui no rio Madeira, por exemplo, os nossos equipamentos estão com dificuldades em extrair essa água devido ao nível do rio que baixou. A gente acaba tendo um pouco de dificuldade na produção e distribuição de água", explicou Lauro Fernandes, diretor técnico da Caerd.
Cerca de 20 portos também dependem do rio Madeira para fazer o escoamento da produção de grãos e de carga, mas com a seca e com a navegação noturna proibida, o transporte caiu pela metade.
"Vamos realizar duas dragagens emergenciais nos rios Solimões, Amazonas e Madeira, para garantir a navegabilidade e garantir a chegada de insumos", revelou Renan Filho, Ministro dos Transportes.
Ao atingir 1,43 metros e chegar ao menor nível já registrado na história, a Defesa Civil decretou estado de alerta na capital rondoniense.
Segundo o órgão, a estimativa é de que a seca se prolongue, pois não há previsão de um volume de chuva expressivo na cabeceira do rio. Caso o rio baixe para 1,22 metros, o município passa para estado de emergência.
"A gente não tem uma perspectiva de elevação nesse momento. O prognóstico para as próximas duas semanas é chuva abaixo da média e consequentemente, o nível do rio deve se manter em baixa", explicou Astrea Jordão, Coordenadora de Hidrologia do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).
Em nota, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), revelou que o "prognóstico de 15 dias indica que é provável que o nível do Rio Madeira se mantenha com uma tendência de estabilidade".
Fonte: g1.globo.com/ro/rondonia